LIVRO ADOTADO PELA MARINHA NO ENSINO PROFISSIONAL NAVAL E MARÍTIMO. PRIMEIRA LITERATURA EM PORTUGUÊS SOBRE O ASSUNTO. COMPATÍVEL COM A CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE NORMAS DE TREINAMENTO, CERTIFICAÇÃO E SERVIÇO DE QUARTOS PARA OS MARÍTIMOS (STCW). RECOMENDADO NA PREPARAÇÃO PARA O PROCESSO SELETIVO PARA PRATICANTE DE PRÁTICO.


EDIÇÃO REVISADA, ATUALIZADA E AMPLIADA, INCLUINDO NOVOS ASSUNTOS COMO METEOROLOGIA BÁSICA E GMDSS.


 


APRESENTAÇÃO

Adentrando pelo segundo quarto do século 21, podemos constatar o acentuado aumento do volume e da densidade do tráfego aquaviário mundial, com previsão de dobrar a cada vinte anos; aumento do calado dos navios, diminuindo a folga sob suas quilhas; emprego de maiores velocidades e redução de suas tripulações. Esses fatores vêm contribuindo para diminuição das margens de erro do navegante e, consequentemente, para maior probabilidade de ocorrência de acidentes de navegação.

Em paralelo, a concepção dos modernos sistemas de navegação de bordo e de auxílios à navegação em terra vem sendo otimizada, em sintonia com o conceito de e-navigation da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês), visando aprimorar a navegação e serviços relacionados contribuindo para a proteção e a segurança no mar, bem como para a preservação do ambiente marinho. Tal conceito contempla uma ampla gama de sistemas e serviços integrados de informação, relacionados à navegação, baseando-se na harmonização dos sistemas de navegação e dos serviços de apoio em terra.

Dando sequência à inestimável obra "Navegação: A Ciência e a Arte", elaborada pelo saudoso Comandante Altineu Pires MIGUENS, o presente livro, publicado em 2013 e passando exclusivamente para a versão digital em 2022, e atualizado em 2025, pretende proporcionar ao navegante em geral uma visão abrangente das potencialidades da Navegação Integrada para o nosso país, fundamentando-se no contido em convenções internacionais relacionadas com a navegação; em resoluções da IMO (Organização Marítima Internacional); em publicações da Associação Internacional de Auxílios à Navegação (IALA, em inglês); em algumas Normas da Autoridade Marítima; na experiência de instrutores de navegação; em material técnico e didático existente na Marinha do Brasil (MB); em literatura internacional; e em conteúdo disponível na Internet.

Ao longo de seus quatro capítulos, este livro procurará evidenciar a importância das principais ferramentas eletrônicas de navegação, operando de forma isolada ou integrada, e, sempre que oportuno, dar algumas noções básicas de sua operação.

A abordagem do trabalho é fundamentada nos modernos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) operando em conjunto com uma cobertura de Cartas Náuticas Digitais, radares modernos e uma estrutura confiável de comunicações navio-terra. 

 

Carlos NORBERTO Stumpf Bento
Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1)

 

 


 

CAPÍTULO 1


NAVEGAÇÃO PRECISA EM TEMPO REAL

O Capítulo 1 trata dos precisos e robustos GNSS e das modernas Cartas Náuticas Digitais, que, associados, possibilitam ao navegante desfrutar de uma navegação precisa em tempo real, constituindo a base para a integração de ferramentas de navegação a bordo. Ao final do capítulo é abordada a técnica de navegação paralela indexada, que permite a uma embarcação, fazendo uso do radar, manter-se em tempo real sobre uma derrota.

 

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CAPÍTULO 2

ACOMPANHAMENTO AUTOMÁTICO
DE EMBARCAÇÕES

No Capítulo 2 são descritos os equipamentos e os sistemas que permitem ao navegante acompanhar automaticamente o movimento de outras embarcações, seja por meio da sua detecção e plotagem feitas com auxílio de ferramenta incorporada ao radar comum, denominada Auxílio de Plotagem Automática Radar (ARPA), ou por meio de sua identificação pelo Sistema de Identificação Automática (AIS), ferramenta baseada no rádio posicionamento por GNSS e na comunicação em VHF ou por satélite.

 

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CAPÍTULO 3

NAVEGAÇÃO INTEGRADA

O Capítulo 3 aborda a integração das ferramentas descritas nos capítulos anteriores com outras novas ou já existentes, descrevendo as potencialidades dos Sistemas de Exibição de Cartas Digitais (ECDIS ou ECS). Esses sistemas representam da melhor forma a integração de ferramentas de navegação a bordo, permitindo a navegação precisa em tempo real, o acompanhamento automático de embarcações e o monitoramento de condições ambientais e outras facilidades em um único equipamento, constituindo-se nos principais instrumentos de apoio à tomada de decisão disponível para o navegante no passadiço. Em complemento a essa concepção revolucionária, é evidenciada a importância do Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS), que, por sua vez, melhor representa a integração de auxílios à navegação em terra, e que vem se tornando uma ferramenta imprescindível na organização do tráfego aquaviário em áreas onde exista intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções. O capítulo também descreve as características de um Piloto Automático e de um Sistema de Posicionamento Dinâmico (DP).

 

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CAPÍTULO 4

NAVEGAÇÃO SEGURA E PROTEGIDA

 

No Capitulo 4 é feita uma breve análise dos acidentes aquaviários mais relevantes desde o afundamento do RMS Titanic em 1912, procurando ressaltar a importância da integração de ferramentas de navegação, dentro do conceito de e-navigation e da teoria de Gerenciamento da Equipe do Passadiço (BTM), na tarefa de mitigar a ocorrência de acidentes por meio do incremento da segurança da navegação em escala global, da formação e treinamento adequados do navegante e do gerenciamento das equipes que guarnecem os passadiços dos mais diversos tipos de embarcações.  Nesta edição foram incluídos novos aspectos sobre o planejamento da viagem, algumas noções sobre Meteorologia básica e uma breve descrição do funcionamento do Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS).

Ao final do capítulo é evidenciada a importância estratégica do comércio marítimo e da exploração dos recursos da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) para o País, chamando a atenção para o crescente tráfego marítimo destinado a tais atividades econômicas, que requerem segurança, monitoramento, controle, eficiência e proteção dos meios nelas empregados e dos portos envolvidos. Nesse contexto, o emprego das ferramentas de navegação integradas dentro do conceito de e-navigation também poderá ser de muita valia.

Apesar de as principais convenções emanadas pela IMO terem como foco os assuntos marítimos, o presente trabalho procurará, sempre que possível, em face da importância da navegação interior para o País, que possui cerca de 41.000 km de rios navegáveis, substituir os termos "navegação marítima/tráfego marítimo" por "navegação/tráfego aquaviário".

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Esta página foi criada com o propósito de facilitar o acesso a artigos, estudos de caso, vídeos e a outras referências, além de ampliar informações, receber sugestões e divulgar novidades sobre os assuntos abordados.

Seu conteúdo pretende, principalmente, incentivar o estudo e as boas práticas de navegação, onde a dinâmica de inovações na área de navegação integrada e do próprio conceito de e-navigation certamente exigirá que esta publicação tenha permanente necessidade de atualização, a fim de acompanhar a evolução desse fascinante "estado da arte de navegar".


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